Na noite de sábado, os moradores da favela mais antiga do Rio de Janeiro voltaram a fazer festa num baile. Mas, em vez do funk, o ritmo era a valsa. A segunda edição do Baile de Debutantes da Comunidade da Providência reuniu quinze debutantes, no Museu Histórico Nacional, no Centro.
O evento nasceu no ano passado, como forma de dissuadir as meninas, que pediam a volta nos bailes funk após a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A ideia deu certo e as jovens articularam junto à UPP a realização de uma nova edição.
A preparação para o dia de princesa incluiu um mês de ensaios com o coreógrafo Julio Nascimento. As aniversariantes tiveram como pares policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
As adolescentes e suas mães ainda puderam escolher seus vestidos, custeados por uma empresa privada. A maquiagem foi doada por uma empresa de comésticos e os penteados ficaram a cargo dos profissionais do Senac, que também foi o responsável pela ornamentação do evento e os garçons.
O buffet – com salgados, doces e bolo – ficou por conta de um grupo de moradoras da favela. E o jantar foi custeado pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio (SindRio).
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